Saiba mais sobre os campos de experiência da BNCC
A educação, como muitos outros aspectos da vida, está em constante
evolução. Hoje em dia, o aprendizado de crianças e adolescentes não é
mais abordado a partir da compreensão do conteúdo das grades
curriculares. É aí que entram os campos de experiência da BNCC, que têm o
objetivo de, entre outras coisas, priorizar o desenvolvimento
infantil de maneira holística.
A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que está em fase de
implantação na Educação Básica (Ensino Infantil, Fundamental e Médio),
estabelece direitos de aprendizagem e campos de experiência que
assinalam uma nova maneira de organização do ensino. A inovação é que,
agora, a criança é percebida como o centro do processo educativo.
O que são os campos de experiência da BNCC?
Na BNCC, durante a etapa da Educação Básica, os direitos de aprendizagem
— conviver, explorar, participar, brincar, expressar e conhecer-se — e
os campos de experiência substituem as áreas do conhecimento, que serão
trabalhadas no Ensino Fundamental.
Os campos de experiência existem para nortear e apoiar o planejamento
pedagógico dos docentes. Eles cuidam para que o aluno tenha espaço,
tempo e liberdade para se expressar e o professor possa acompanhá-lo
nessa jornada. Ou seja, as práticas docentes devem se alinhar aos
interesses e necessidades do aluno para que exista uma vivência
educativa.
Cada campo tem seus objetivos de aprendizado e desenvolvimento.
Portanto, as unidades temáticas, habilidades e objetos de conhecimento
são prioridades na etapa seguinte. Nesse cenário, a escola tem a
obrigação de garantir o acesso às competências gerais estipuladas pela
nova Base, tornando o cenário educacional mais justo e igualitário em
todo o país.
A BNCC designa cinco campos de experiência para a Educação Infantil.
Eles apontam as experiências fundamentais necessárias para que a criança
possa aprender e se desenvolver. Neles, são enfatizados noções,
atitudes e afetos a serem aflorados nos primeiros 5 anos de vida,
buscando assegurar a aprendizagem dos pequenos.
Campos de experiência são, portanto, as vivências pelas quais as
crianças poderão interagir e se expressar, convivendo com situações que
permitam a elas explorar, pesquisar, imaginar e se movimentar. Confira a
seguir os cinco campos de experiência da BNCC.
O eu, o outro e o nós
Visa a construção da identidade e, também, da subjetividade da criança.
As experiências se relacionam ao autoconhecimento e à promoção de
interações positivas com professores e demais colegas. A noção de
pertencimento e a valorização às diversas tradições culturais também são
trabalhadas nesse campo.
O convívio com outros, por exemplo, permite ao aluno desenvolver suas
formas de pensar, sentir e agir, levando-o a compreender outros modos de
vida e pontos de vista. Paralelamente, ao viabilizar o contato com
grupos sociais e culturais diversos, é possível trabalhar a autonomia, a
empatia e a interdependência com o meio.
A partir dessas experiências, as crianças vão aprendendo a perceber a si
mesmas e aos outros. O objetivo é que elas se tornem aptas a valorizar a
sua própria identidade e, ao mesmo tempo, a respeitar e reconhecer as
diferenças dos outros.
Corpo, gestos e movimentos
Foca em atividades e situações nas quais o uso do espaço com o corpo e
variadas formas de movimentos são exploradas. A partir delas, o aluno
pode construir referências de como ocupar o mundo.
Situações que priorizam o faz de conta também integram esse campo. Por
meio delas, as crianças podem representar o mundo da fantasia, bem como a
vida cotidiana, ao interagirem com narrativas de teatro e literatura.
Nesse ambiente, também é enfatizada a importância do contato, desde a
infância, com diferentes linguagens artísticas e culturais — como a
música e a dança —, pois elas são capazes de expandir as formas de
expressão corporal.
Traços, sons, cores e formas
Prioriza o contato recorrente das crianças com variadas manifestações
culturais, artísticas e científicas, agregando, também, o contato com as
linguagens visuais e musicais. Nesse campo, os pequenos são
incentivados a terem experiências de expressão corporal por meio da
intensidade dos sons e ritmos melódicos, além de atividades com escuta
ativa e criação de melodias.
Nesse sentido, são trabalhadas a ampliação do repertório musical do
aluno, o reconhecimento de suas preferências artísticas, o estudo de
diferentes instrumentos e objetos sonoros, a habilidade de identificar a
qualidade do som, a capacidade de improvisação e o contato com as
festas populares.
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Enfatiza as atividades práticas com foco na linguagem oral, ampliando as
formas de comunicação da criança em situações sociais. Fazem parte
desse campo as experiências com cantigas, jogos cantados, brincadeiras
de roda, conversas, entre outras.
É importante destacar as experiências com leitura de histórias, pois
elas favorecem, também, o desenvolvimento do comportamento leitor, da
imaginação e da representação, além de incentivarem as crianças a se
interessarem pela linguagem escrita.
Englobam-se nas experiências gráficas, ainda, atividades que incentivam o
uso cotidiano da escrita em contextos significativos, a imitação do ato
de escrever em encenações e situações de faz de conta e a criação de
atividades nas quais as crianças possam se desafiar a ler e escrever de
maneira espontânea, com apoio dos docentes. A partir disso, é possível
ajudá-las a organizar seus pensamentos sobre o sistema de escrita.
Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações
Tem por objetivo favorecer a construção das noções de espaço em
situações estáticas (perto X longe) e dinâmicas (para frente X para
trás), colaborando para que a criança aprenda a reconhecer seu esquema
corporal e sua percepção espacial a partir do seu corpo e dos objetos a
seu alcance.
Experiências no âmbito das relações de tempo também são abordadas nesse
campo. Noções de tempo físico — a diferença entre o dia e a noite, as
estações do ano e os ritmos biológicos (e cronológico) hoje, ontem,
amanhã, semana que vem, no próximo ano —, bem como os fundamentos de
ordem temporal — depois da escola, antes de dormir — e histórica — na
época da Páscoa, quando fizemos aquela viagem.
Finalmente, o campo agrega, ainda, a viabilização de situações que
abarcam as transformações dos diferentes modos de viver em outras épocas
e outras culturas, para que as crianças possam compreender a ideia de
causalidade a partir dos variados tipos de materiais, situações e
objetos.
Como a BNCC e os campos de experiência estão relacionados?
Ao refletir sobre as relações entre a BNCC e os campos de experiência, é
importante lembrar que a Base e o currículo não são a mesma coisa. A
Base é o que dá o direcionamento para o desenvolvimento do currículo
que, por sua vez, é discutido pelas redes municipais, estaduais e
particulares de ensino, bem como pelos docentes e gestores de cada
escola.
Saiba mais sobre os campos de experiência da BNCC
A educação, como muitos outros aspectos da vida, está em constante
evolução. Hoje em dia, o aprendizado de crianças e adolescentes não é
mais abordado a partir da compreensão do conteúdo das grades
curriculares. É aí que entram os campos de experiência da BNCC, que têm o
objetivo de, entre outras coisas, priorizar o desenvolvimento
infantil de maneira holística.
A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que está em fase de
implantação na Educação Básica (Ensino Infantil, Fundamental e Médio),
estabelece direitos de aprendizagem e campos de experiência que
assinalam uma nova maneira de organização do ensino. A inovação é que,
agora, a criança é percebida como o centro do processo educativo.
O que são os campos de experiência da BNCC?
Na BNCC, durante a etapa da Educação Básica, os direitos de aprendizagem
— conviver, explorar, participar, brincar, expressar e conhecer-se — e
os campos de experiência substituem as áreas do conhecimento, que serão
trabalhadas no Ensino Fundamental.
Os campos de experiência existem para nortear e apoiar o planejamento
pedagógico dos docentes. Eles cuidam para que o aluno tenha espaço,
tempo e liberdade para se expressar e o professor possa acompanhá-lo
nessa jornada. Ou seja, as práticas docentes devem se alinhar aos
interesses e necessidades do aluno para que exista uma vivência
educativa.
Cada campo tem seus objetivos de aprendizado e desenvolvimento.
Portanto, as unidades temáticas, habilidades e objetos de conhecimento
são prioridades na etapa seguinte. Nesse cenário, a escola tem a
obrigação de garantir o acesso às competências gerais estipuladas pela
nova Base, tornando o cenário educacional mais justo e igualitário em
todo o país.
A BNCC designa cinco campos de experiência para a Educação Infantil.
Eles apontam as experiências fundamentais necessárias para que a criança
possa aprender e se desenvolver. Neles, são enfatizados noções,
atitudes e afetos a serem aflorados nos primeiros 5 anos de vida,
buscando assegurar a aprendizagem dos pequenos.
Campos de experiência são, portanto, as vivências pelas quais as
crianças poderão interagir e se expressar, convivendo com situações que
permitam a elas explorar, pesquisar, imaginar e se movimentar. Confira a
seguir os cinco campos de experiência da BNCC.
O eu, o outro e o nós
Visa a construção da identidade e, também, da subjetividade da criança.
As experiências se relacionam ao autoconhecimento e à promoção de
interações positivas com professores e demais colegas. A noção de
pertencimento e a valorização às diversas tradições culturais também são
trabalhadas nesse campo.
O convívio com outros, por exemplo, permite ao aluno desenvolver suas
formas de pensar, sentir e agir, levando-o a compreender outros modos de
vida e pontos de vista. Paralelamente, ao viabilizar o contato com
grupos sociais e culturais diversos, é possível trabalhar a autonomia, a
empatia e a interdependência com o meio.
A partir dessas experiências, as crianças vão aprendendo a perceber a si
mesmas e aos outros. O objetivo é que elas se tornem aptas a valorizar a
sua própria identidade e, ao mesmo tempo, a respeitar e reconhecer as
diferenças dos outros.
Corpo, gestos e movimentos
Foca em atividades e situações nas quais o uso do espaço com o corpo e
variadas formas de movimentos são exploradas. A partir delas, o aluno
pode construir referências de como ocupar o mundo.
Situações que priorizam o faz de conta também integram esse campo. Por
meio delas, as crianças podem representar o mundo da fantasia, bem como a
vida cotidiana, ao interagirem com narrativas de teatro e literatura.
Nesse ambiente, também é enfatizada a importância do contato, desde a
infância, com diferentes linguagens artísticas e culturais — como a
música e a dança —, pois elas são capazes de expandir as formas de
expressão corporal.
Traços, sons, cores e formas
Prioriza o contato recorrente das crianças com variadas manifestações
culturais, artísticas e científicas, agregando, também, o contato com as
linguagens visuais e musicais. Nesse campo, os pequenos são
incentivados a terem experiências de expressão corporal por meio da
intensidade dos sons e ritmos melódicos, além de atividades com escuta
ativa e criação de melodias.
Nesse sentido, são trabalhadas a ampliação do repertório musical do
aluno, o reconhecimento de suas preferências artísticas, o estudo de
diferentes instrumentos e objetos sonoros, a habilidade de identificar a
qualidade do som, a capacidade de improvisação e o contato com as
festas populares.
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Enfatiza as atividades práticas com foco na linguagem oral, ampliando as
formas de comunicação da criança em situações sociais. Fazem parte
desse campo as experiências com cantigas, jogos cantados, brincadeiras
de roda, conversas, entre outras.
É importante destacar as experiências com leitura de histórias, pois
elas favorecem, também, o desenvolvimento do comportamento leitor, da
imaginação e da representação, além de incentivarem as crianças a se
interessarem pela linguagem escrita.
Englobam-se nas experiências gráficas, ainda, atividades que incentivam o
uso cotidiano da escrita em contextos significativos, a imitação do ato
de escrever em encenações e situações de faz de conta e a criação de
atividades nas quais as crianças possam se desafiar a ler e escrever de
maneira espontânea, com apoio dos docentes. A partir disso, é possível
ajudá-las a organizar seus pensamentos sobre o sistema de escrita.
Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações
Tem por objetivo favorecer a construção das noções de espaço em
situações estáticas (perto X longe) e dinâmicas (para frente X para
trás), colaborando para que a criança aprenda a reconhecer seu esquema
corporal e sua percepção espacial a partir do seu corpo e dos objetos a
seu alcance.
Experiências no âmbito das relações de tempo também são abordadas nesse
campo. Noções de tempo físico — a diferença entre o dia e a noite, as
estações do ano e os ritmos biológicos (e cronológico) hoje, ontem,
amanhã, semana que vem, no próximo ano —, bem como os fundamentos de
ordem temporal — depois da escola, antes de dormir — e histórica — na
época da Páscoa, quando fizemos aquela viagem.
Finalmente, o campo agrega, ainda, a viabilização de situações que
abarcam as transformações dos diferentes modos de viver em outras épocas
e outras culturas, para que as crianças possam compreender a ideia de
causalidade a partir dos variados tipos de materiais, situações e
objetos.
Como a BNCC e os campos de experiência estão relacionados?
Ao refletir sobre as relações entre a BNCC e os campos de experiência, é
importante lembrar que a Base e o currículo não são a mesma coisa. A
Base é o que dá o direcionamento para o desenvolvimento do currículo
que, por sua vez, é discutido pelas redes municipais, estaduais e
particulares de ensino, bem como pelos docentes e gestores de cada
escola.
Nenhum comentário:
Postar um comentário